Você, com certeza, já ouviu falar a seguinte frase: “Todo homem tem o seu preço”, não é mesmo?
Eu fiz especialização em marketing. E, nessa área, aprendemos que os quatro “Ps” do marketing são: produto, preço, praça e promoção. O preço é um item importantíssimo das estratégias de marketing.
Segundo a web, preço é um componente crítico da estratégia de marketing, porque condiciona o faturamento e espelha a percepção que o consumidor tem dos produtos ou serviços da empresa. É o valor ou custo de um determinado serviço ou produto.
Você paga o valor daquilo que você percebe que algo tem. Pagamos o valor que consideramos justo ou o valor necessário para adquirir algo. Muitas vezes não há o que negociar. Tem que comprar o que tem com o preço que está.
Temos hoje um nível de vida de acordo com o que podemos pagar para sustentá-lo. Se eu ganho X, devo viver com o que X dá para comprar. Se eu ganho Y, vou viver com aquilo.
Muitas campanhas de marketing estimulam você a adquirir até mesmo o que não pode e não precisa, nas compras por impulso. A decisão, no entanto, sempre será sua.
Qual é o seu valor?
Imagine que um smartphone de última geração custa mais de 8 mil reais. Se oferecerem o mesmo celular por 4 mil reais, será considerada uma oferta imperdível, não é mesmo? Mas quem ganha 2 mil reais não pode comprar nem o de 8 nem o de 4, mesmo que seja uma grande oferta. Mas muitos terminam se endividando pela falsa facilidade.
Assim como objetos têm valores diferentes, as pessoas também se vendem, ou vendem sua integridade, a depender do que lhes é oferecido como valor.
Há alguns anos, eu recebi uma proposta de mudar de cidade para ganhar cinco vezes mais do que ganhava. Admito que foi uma proposta tentadora. Mas o meu chamado falou mais alto e recusei a oferta.
Dependendo do produto, serviço ou proposta oferecida, pessoas chegam a mentir, roubar e até matar, inclusive alguns que se dizem cristãos. Em troca de fama, dinheiro, sexo e riquezas, muitos vendem até a própria alma para o diabo.
Mas qual é o valor de uma vida? Em sequestros, cada um tem um valor. O valor vai depender se o sequestrado é autoridade, artista ou apenas um qualquer.
Responda para si mesmo agora: qual é o seu valor? Qual é o seu preço? Você está à venda? Se oferecessem para você 1 bilhão de dólares para que traísse sua esposa/marido, ou mesmo para você roubar algo ou uma informação no seu trabalho, você se venderia?
Qual foi o preço de Judas para trair Jesus? Trinta moedas de prata. Alguns dizem que esse valor seria hoje de cerca de 3 mil dólares. Isso mostra que Jesus valia muito pouco para ele.
Qual é o seu custo?
E se lhe oferecessem uma mercadoria para você vender a sua fé?
A mercadoria do diabo, desde o princípio, é o pecado. A sua propaganda para vender essa mercadoria é sedutora, com o anúncio de vantagens, ocultação de desvantagens e absoluto silêncio quanto ao custo verdadeiro. Um grande exemplo foi a oferta oferecida por ele para Adão e Eva (Gênesis 3).
O pecado tem benefícios rápidos, mas também tem um custo alto. O pecado pode custar a sua paz, sua alegria, felicidade e razão de viver. Muitas vezes custa sua própria vida no inferno.
“São assim as veredas de todo aquele que usa de cobiça: ela põe a perder a alma dos que a possuem” (Provérbios 1.19).
Não se deixe enganar! O diabo oferece sempre o que é bom para os olhos, para a mente e para o corpo. Até para Jesus ele fez uma proposta indecente:
“Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. e disse-lhe: tudo isto te darei se, prostrado, me adorares” (Mateus 4.8,9).
O diabo, sempre muito estratégico, ofereceu algo que Jesus tinha perdido com sua decisão de vir cumprir Seu propósito aqui na terra: a glória e o poder.
“Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?” (Marcos 8.36).
O diabo não cobra o custo do pecado imediatamente, mas a conta uma hora vem. Um dia vamos ter que pagar caro por sua mercadoria. O pecado parece barato, mas é o preço a se pagar, mais cedo ou mais tarde, é caríssimo. O custo da droga, do álcool, da prostituição não é o valor que você paga à vista. É o que vem depois. É a destruição da saúde, dos bens e da própria vida.
Todos nós já caímos na lábia, na mentira, no engano desse comerciante de pecado. Afinal, todos pecamos (Romanos 3.23).
Quanto você vale para Deus?
Deus sabe o valor que realmente valemos. Ele nos considera com um altíssimo valor. Deus se dispôs a pagar esse valor para nos resgatar do falso mercador e das consequências do pecado. Ficamos endividados de tal forma que não tínhamos como pagar o preço da nossa liberdade.
“Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso sangue de Cristo” (I Pedro 1.18).
“Porque fostes comprados por alto preço; glorificai, pois, a deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (I Coríntios 6.20).
Quanto custou nossa vida para Jesus? A renúncia de riquezas e glória, muita humilhação e sofrimento, e a entrega da Sua própria vida. Verdadeiramente, nós custamos o preço do sangue de Jesus. É por isso que, quando pecamos, diminuímos o valor do que Jesus fez por nós.
Mas tenho uma excelente notícia: a nossa dívida foi totalmente paga.
“Quando vocês estavam mortos em pecados e na incircuncisão da sua carne, Deus os vivificou juntamente com Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões, e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz, e, tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz” (Colossenses 2.13-15).
Assim, a nossa dívida espiritual, impossível de ser paga por humanos, já foi totalmente quitada por Jesus. Aleluia!