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Livre-se dos rótulos religiosos

Nós não estamos sozinhos. Não dependemos da força do nosso braço. Não dependemos apenas de nós mesmos. O Espírito Santo é uma pessoa. Ele não é um fogo, uma energia ou uma pomba. Embora existam simbologias na Bíblia, sempre devemos lembrar que o Espírito é, essencialmente, uma pessoa.

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que permaneça convosco para sempre; O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós” (João 14.16-17).

Se ouvíssemos mais a voz dessa pessoa tão doce, erraríamos menos. Precisaríamos recalcular nossa rota com menos frequência. Acertaríamos mais. O Espírito está conosco o tempo todo e Ele deseja tomar as decisões junto conosco.

Jesus também diz: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” Isso não significa que não teremos pessoas como referência, mestres que possam nos ensinar no caminho do crescimento. O que isso significa é que sempre há Alguém conosco. Mesmo quando parece que estamos sozinhos tentando compreender algo, Ele pode nos ajudar.

O Espírito Santo está dentro de nós. Essa era a promessa que Jesus afirmava e reafirmava em seus ensinamentos. Chama minha atenção a palavra de ânimo que Ele nos deixa: “Não se turbe o vosso coração nem vos atemorize”. O medo paralisa. Além disso, também rouba de nós a abundância que Cristo deixou pronta para desfrutarmos. Precisamos enfrentá-lo e garantir que seja derrotado de uma vez por todas em nossas vidas.

Louvo a Deus porque tenho uma mãe que sempre me ensinou isso. Quando mais jovem, lembro que eu não gostava de ir ao dentista. Porém, minha mãe sempre dizia que, na vida, não fazemos apenas o que gostamos. E que, às vezes, é importante fazer exatamente o que não gostamos para colher o fruto que desejamos lá na frente.

Nós somos fortes, corajosos. Somos o povo da fé. Não fomos chamados para recuar, mas para avançar até desfrutarmos de tudo o que Deus tem para nós. Isso é quem nós somos, essa é a nossa natureza. Não importa o que o diabo e as circunstâncias digam.

A fé é um estilo de vida. Desse modo, não cremos apenas até conseguirmos aquilo pelo que oramos. Cremos no dia bom, no dia ruim, na abundância e na adversidade. Somos amorosos, fervorosos e equilibrados. O que difere disso é um rótulo que o diabo tenta nos impor. Não podemos aceitar.

Se eu te oferecer uma garrafa plástica com um líquido transparente e um rótulo indicando água mineral, o que você fará? Provavelmente, me agradecerá e beberá. Mas sabia que álcool também é um líquido transparente? Que por qualquer motivo a essência de uma garrafa pode ser trocada? O rótulo é uma informação exterior. O perigo de confiar em informações exteriores é que elas podem estar equivocadas. Quantas informações equivocadas o diabo veicula sobre você? Em quais delas você acredita?

Quero que entenda isso como uma mensagem de enfrentamento. E “enfrentamento” significa estar à frente de algo. Dessa maneira, precisamos estar à frente do que define nossas vidas e não abrir mão do que é importante para nós. Somos quem somos. Se isso incomoda a alguns, paciência. Ninguém além de Deus deve ter o poder de nos definir.

Precisamos ter cuidado com a influência que recebemos. Nosso influenciador é o Espírito. A igreja é o lugar onde somos recarregados, mas lá fora devemos refletir quem somos. Sem deixar que o medo nos amedronte ou que algum problema nos paralise. As pessoas devem olhar para nós e saber o que emana de nossas vidas. Mesmo que nos critiquem, devem pensar em nós quando precisarem de uma oração, de uma palavra, de um encorajamento, de um vislumbre divino. Só podemos ser fonte disso se alimentarmos esse estilo de vida dia após dia.

Em Gênesis 22.1-8, Deus pediu a Abraão o que ele tinha de mais precioso: o filho. Repare no texto que Deus não garantiu nenhum livramento, mas Abraão não oscilou na fé nem diante do silêncio do Senhor. Ele não acordou murmurando, não relutou em obedecer, mas tampouco saiu de casa com cara de luto. Sereno, ele subiu o morro. Em determinado momento, estava só ele, seu maior tesouro e Deus. E estar com Deus ali era o suficiente.

Estamos aqui para viver o bom combate da fé. Para permanecermos na confiança em Deus, assim como fez Abraão. Precisamos saber que já vencemos. Você e eu somos sinônimos de força e nada que o maligno diga pode nos convencer do contrário.

Mesmo que tudo pareça um caos, veja o fim das coisas. Deus proverá na sua situação exatamente como proveu o cordeiro para o sacrifício de Abraão. Deus dará livramento exatamente como deu a Isaque. O Senhor é bom, essa é a natureza d’Ele, e nosso Pai jamais falhará.