A desculpa que tenho ouvido hoje em dia é: “O diabo não tem poder para criar nada”. E é verdade! O diabo, ou Lúcifer — que era um anjo de luz — devido à sua altivez, quis ser maior que Deus, e, dentro de si, gerou um mal que o fez ser lançado fora do céu, tornando-o quem ele é. (Ezequiel 28.12-19). Porém, ele tem o poder de corromper o que foi criado e, por causa da desobediência do homem no Éden e à consequente entrada do pecado, o diabo perverteu muita coisa. Então, para saber o que é original e o que está corrompido, devemos ir à fonte criativa, que é Deus.
A Igreja não precisa imitar nada que vê no mundo. Este não pode ser a fonte de inspiração dos filhos de Deus. O que precisamos é ouvir a voz do Espírito Santo, pois, certamente, Ele não vai guiar ninguém a fazer algo corrompido. Imagine… como as pessoas que ainda não conhecem Jesus vão distinguir o que é de Deus e o que é do mundo!?
Nossas ações, palavras, louvores, ritmos e criações devem ser feitos debaixo de uma direção divina e não cópias terrenas. Não é voltar à arca da aliança com limitação ou religiosidade, mas ser criativo, porque o Espírito de Deus é criativo.
Devemos ter esse cuidado também com os novos na fé, pois se Paulo fala em Romanos 14.15 que até a comida pode ser pedra de tropeço, imagina copiar coisas do mundo e trazê-las para dentro da igreja?
Em I Coríntios 9.19-23, Paulo diz que sendo ele livre, procedeu como escravo para ganhar muitos e se fez de judeu para ganhar os judeus. Porém, no versículo 21, ele deixa algo claro: “Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei”.
Paulo em momento algum infringiu ou ficou fora da lei de Cristo, mas continuou “sendo Jesus” para as pessoas. Nessa mesma carta, em I Coríntios 11.1, ele diz que devemos ser seus imitadores como ele é de Cristo. Paulo não ficou parecido com o mundo para ganhar o mundo, mas ficou cada vez mais parecido com Cristo para ganhar os perdidos.
Que a nossa vida seja instrumento de honra para glória de Deus!
Assim, não devemos ficar focados à opinião do mundo, visto que Jesus já deixou claro nos Evangelhos que o mundo iria nos odiar e perseguir. O que quero frisar é em relação a sermos guiados para fazer tudo aquilo que temos que fazer, seja no chamado, no trabalho ou nos relacionamentos. A inspiração do Espírito Santo vai nos levar a fazer o certo, com a certeza de que vamos colher os frutos dessa obediência.
O mesmo Deus que criou os céus e a terra também pode, por meio do Espírito Santo, inspirá-lo a fazer algo que não estará corrompido, e que não vai se parecer em nada com as coisas do mundo, mas, sim, com o céu.