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Equilíbrio entre fruto e dons

Existe uma tendência natural nas pessoas em admirar mais outras pessoas pelo seu aspecto externo, ou seja, pelos dons e habilidades, do que pelo seu caráter. Por exemplo, quando vemos um ministro do Evangelho sendo usado por Deus através dos dons do Espírito, logo pensamos que aquela pessoa é um homem ou uma mulher de Deus. Mas será que isso é suficiente? Será que é suficiente julgar a pessoa pelos dons que ela possui? É preciso haver equilíbrio entre o fruto e os dons.

“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, isso de nada me adiantará.

O amor é paciente e bondoso; não arde em ciúmes, não se envaidece, não é orgulhoso, não se conduz de forma inconveniente, não busca os seus interesses, não se irrita, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (I Coríntios 13.1-7).

No capítulo 12, vemos o apóstolo Paulo falando a respeito dos dons do Espírito, a importância deles e Deus sendo o responsável por distribuí-los. Porém, quando chegamos ao capítulo 13, o escritor da carta começa a falar que se usarmos nossos dons sem amor, nada seremos.


Equilíbrio é necessário

Isso nos ensina que podemos ter equilíbrio em fazer coisas e ter os dons do Espírito, mas se não agirmos com amor, nada seremos. Podemos realizar feitos grandiosos e receber elogios das pessoas, mas se não agirmos com amor, perderemos o reconhecimento mais importante, que é o de Deus!

Devemos nos importar mais em demonstrar o fruto do Espírito do que em exibir dons do Espírito na igreja. Não quero dizer que os dons não devem ser exercidos. Eles devem ser usados com a motivação correta, da maneira correta e com o propósito de glorificar a Deus e servir aos outros.


Termômetro de fé

Por fim, uma pergunta para reflexão: o que nossa família pode dizer a nosso respeito? Somos verdadeiramente homens e mulheres de Deus? Nossa família é o maior termômetro (depois de Deus) que podemos ter a nosso respeito. Se tivermos a admiração das pessoas, mas não a de nossa família, estaremos apenas enganando a elas e a nós mesmos.

Que possamos ser verdadeiros cristãos em nossa casa e não nos preocuparmos em manter uma vida de aparência diante das pessoas!